quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Para meditar no final de semana...

LIvro: Você é Insubstituível _ Autor: Augusto Cury 

Todo ser humano passa por turbulências em sua vida. A alguns 
falta o pão na mesa; a outros, a alegria na alma. Uns lutam para 
sobreviver. Outros são ricos e abastados, mas mendigam o pão da 
tranqüilidade e da felicidade.  
Que pão falta em sua vida? 
Quando o homem explorar intensamente o pequeno átomo e o 
imenso espaço e disser que domina o mundo, quando conquistar as 
mais complexas tecnologias e disser que sabe tudo, então ele terá tempo 
para se voltar para dentro de si mesmo. Nesse momento descobrirá que 
cometeu um grande erro. Qual?
Compreenderá que dominou o mundo de fora, mas não 
dominou o mundo de dentro, os imensos territórios da sua alma. 
Descobrirá que se tornou um gigante na ciência, mas que é um frágil 
menino que não sabe navegar nas águas da emoção e que desconhece 
os segredos que tecem a colcha de retalhos da sua inteligência. 
Quando isso ocorrer, algo novo acontecerá. Ele encontrará pela 
segunda vez a sua maior invenção: a roda. A roda? Sim, só que dessa vez 
será a roda da emoção. Encontrando-a, ele percorrerá territórios pouco 
explorados e, por fim, encontrará  o que sempre procurou: o amor, o 
amor pela vida e pelo Autor da vida.
Ao aprender a amar, o homem derramará lágrimas não de tristeza, 
mas de alegria. Chorará não pelas guerras nem pelas injustiças, mas 
porque compreendeu que pr ocur ou a  fel ic idade em  todo o universo 
e não a encontrou. Perceberá que Deus a escondeu no único lugar em 
que ele não pensou em procurá-la: dentro de si mesmo. aesse dia, sua vida
 se encherá de significado e uma revolução 
silenciosa ocorrerá no âmago do seu espírito: a soberba dará lugar à 
simplicidade, o julgamento dará  lugar ao respeito, a discriminação 
dará lugar à solidariedade, a insensatez dará lugar à sabedoria. Mas 
esse tempo ainda está distante. Por quê? 
Porque nem sequer descobrimos que a pior miséria humana se 
encontra no solo da emoção. O homem sonha em viver dias felizes, 
mas não sabe conquistar a felicidade. Os poderosos tentaram dominá-
la. Cercaram-na com exércitos, encurralaram-na com armas, 
pressionaram-na com suas vitórias. Mas a felicidade os deixou atônitos, 
pois nunca o poder conseguiu controlá-la.  
Os magnatas tentaram comprá-la. Construíram impérios, 
amealharam fortunas, compraram jóias. Mas a felicidade os deixou 
perplexos, pois ela jamais se deixou vender e disse-lhes: "O sentido da 
vida se encontra num mercado onde  não se usa dinheiro!" Por isso 
há miseráveis q u e  mo r am  em  p a l á c i o s   e   r i c o s   q u e  moram em 
casebres.  
Os cientistas tentaram entender a felicidade. Pesquisaram-na, 
fizeram estatísticas, mas  ela os confundiu, falando-lhes: "A lógica 
numérica jamais compreenderá a  lógica da emoção!" Perturbados, 
descobriram que o mundo da emoção é indecifrável pelo mundo das 
idéias. Por isso, os cientistas que viveram uma vida exclusivamente 
lógica e rígida foram infelizes. 
Os intelectuais buscaram a felicidade nos livros de filosofia, mas 
não a encontraram. Por quê? Porque há mais mistérios entre a emoção 
e a razão do que jamais sonhou a mente dos filósofos. Por isso, os 
pensadores que amaram o mundo das  idéias e desprezaram o mundo 
da emoção perderam o encanto pela vida.  Os famosos tentaram seduzir a felicidade. Ofereceram 
em troca 
dela os aplausos, os autógrafos,  o assédio da TV.Mas ela golpeou-os, 
dizendo: "Escondo-me no cerne das coisas simples!" Rejeitando o seu 
recado, muitos não trabalharam bem a fama. Perderam a singeleza da 
vida, se angustiaram e viveram a pior solidão: sentir-se só no meio da 
multidão.  
Os  jovens gritaram: "O prazer de viver nos pertence!" Fizeram 
festas e promoveram shows, alguns se drogaram e outros apreciaram 
viver perigosamente. Mas a felicidade chocou-os com seu discurso: 
"Eu não me encontro no prazer imediato, nem me revelo aos que desprezam seu futuro e as conseqüências dos seus atos!"  
Algumas pessoas creram que poderiam cultivar a felicidade em 
laboratório.  Isolaram-se do mundo, baniram as pessoas compl icadas 
de sua história e as dificuldades de sua vida. Gritaram: "Estamos 
livres de problemas!" Mas a felicidade sumiu e deixou-lhes um bilhete: 
"Eu aprecio o 'cheiro' de gente e cresço em meio aos transtornos da 
vida."  
Por que muitos falharam em conquistar a felicidade? Porque 
quiseram o perfume das flores, mas não quiseram sujar suas mãos 
para cultivá-las; porque quiseram um lugar no pódio, mas desprezaram 
a labuta dos treinos. Precisamos aprender a navegar nas águas da 
emoção se quisermos ter qualidade de vida no mundo estressante em 
que vivemos.  
O mundo da emoção não aceita atos heróicos tais como: "De 
hoje em diante acordarei bem-humorado", "Daqui para frente serei 
uma pessoa calma", "De agora em diante serei uma pessoa feliz, com 
alto astral e cheia de auto-estima". Grande engano! No calor da 
segunda-feira todas essas intenções se evaporam... ao mundo da emoção as palavras-chaves são "treinamento" e 
"educação". Você precisa treinar sua emoção para ser feliz. Você precisa educá-la para superar as perdas e as frustrações. Caso contrário, sua 
emoção nunca será estável e nem capaz de contemplar o belo nos 
pequenos eventos da rotina diária. Você contempla o belo?  

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